Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é caracterizado como um distúrbio emocional, com presença de sintomas como angustia, falta de ânimo para ir trabalhar, sensação de que nada do que faz é satisfatório, pensamento de inferioridade com relação ao colega, sensação de total exaustão no trabalho. Quem sofre dessa doença sente que não possui mais recursos para enfrentar a situação estressante.

Qual a principal causa desta doença? É de fato o excesso de trabalho. Atualmente se tornou um motivo de preocupação no mundo, pois é uma doença que se faz presente a cada dia principalmente em profissionais que atuam constantemente sob pressão, como professores, policiais, médicos, enfermeiros, bombeiros e outras áreas. As pessoas que sofrem desta síndrome têm sua ansiedade em seu nível elevado, se afasta de familiares e amigos, tendem a pedir demissão ou são dispensados devido à baixa produtividade em suas atividades, e tendem também a desencadear uma depressão profunda.

Problemas associados à saúde mental no trabalho levam a uma queda de produtividade devido ao absenteísmo e/ou pelo profissional não exercer suas funções conforme esperado. As consequências na economia são significativas, de acordo com a Escola de Economia de Londres (2016), o Brasil perde US$63,3 bilhões anualmente (R$ 206 milhões) e é o segundo no ranking com o maior valor de perdas associadas à depressão no trabalho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como doença ocupacional os problemas de saúde contraídos pelo trabalhador após ficar exposto a fatores de risco decorrentes da sua atividade laboral, que afetam sua saúde física e mental, e desde janeiro deste ano incorporou à lista de doenças ocupacionais a Síndrome de Burnout. No Brasil a síndrome passará a ter o código QD85, dentro da CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). O trabalhador diagnosticado terá direito a 15 dias de afastamento remunerado. Acima desse período, receberá o benefício previdenciário pago pelo INSS – o auxílio-doença acidentário, que garante a estabilidade provisória, ou seja, este indivíduo não poderá ser dispensado sem justa causa nos 12 meses após o seu retorno.

O indivíduo precisa estar atento aos sintomas, pois surgem de forma leva e podem piorar com o passar dos dias, por isso vale a pena ficar vigilante aos sintomas como: cansaço excessivo físico e mental; dores de cabeça frequente; insônia, sentimento de derrota; alterações no humor e no apetite; dores musculares entre outros.

Para evitar problemas mais sérios é fundamental buscar ajuda de profissionais como Psiquiatra e Psicólogo, que são os mais indicados. E a melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é criar estratégias e métodos que diminuam o estresse e a pressão no trabalho, ter hábitos saudáveis como atividades física e boa alimentação também evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.

 

 

Analice Sardinha

Psicóloga Clínica e Organizacional

CRP:05/35711